quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ficha Limpa Municipal de Vinhedo é lançado na Câmara Municipal




Campanha pela aprovação do “Ficha Limpa Municipal” é lançada
 Na noite da última quarta-feira, dia 29 de junho, com o Plenário da Câmara Municipal lotado, lideranças e representantes de um total de 21 partidos e entidades lançaram a campanha “Ficha Limpa Municipal”. 
Proposto pelo PSOL Vinhedo, o Projeto de Lei de Iniciativa Popular pretende instituir os mesmos critérios estabelecidos na Lei Nacional “Ficha Limpa” para a nomeação de cargos políticos em Vinhedo.
As primeiras entidades que definiram adesão ao Projeto foram:
  • Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
  • Sindicato dos Bancários
  • Associação dos Moradores do Altos do Morumbi
  • Sindicato dos Químicos Unificados
  • Movimento Artístico e Cultural de Vinhedo (MAV)
  • Associação Comercial e Industrial de Vinhedo (ACIVI)
  • Sindicato dos Gráficos
  • Sindicato dos Metalúrgicos
  • Elo Ambiental
  • Associação dos Professores do Ensino Oficial (APEOESP)
  • Sindicato dos Comerciários
  • Escoteiros de Vinhedo
Os seguintes partidos já definiram apoio ao “Ficha Limpa Municipal”:
  • PSOL
  • PDT
  • PSDB
  • PT
  • PHS
  • PCdoB
  • PP
  • PSC
  • PSD
Com base nos artigos 1º e 14 da Constituição Federal e nos artigos 43 e 44 da Lei Orgânica de Vinhedo, o abaixo-assinado pode ser o primeiro Projeto de Lei de Iniciativa Popular a ser aprovada pela Câmara na história da cidade.
A mudança proposta para o artigo 63 da Lei Orgânica do Município pretende estabelecer impedimento para que pessoas que possuem condenação por órgão judicial colegiado não assumam as funções de Secretário, Diretor ou outro cargo comissionado, em todas as esferas da Administração Pública.
Para participar da campanha o cidadão vinhedense pode procurar os formulários em um dos pontos de distribuição e coleta de assinaturas. É importante salientar que é necessário o número do título de eleitor.
Para o início da campanha foram definidos 8 pontos de apoio:
  • Associação Comercial e Industrial de Vinhedo (ACIVI) – Rua João Corazzari, 270 – Centro;
  • Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Estrada da Boiada nº 520, Jardim Brasil;
  • Sindicato dos Químicos Unificados – Rua José Matheus Sobrinho, 494, Centro;
  • Mandato da Vereadora Marta Leão – Avenida Dois de Abril, nº 78, Centro;
  • Balcão de Anúncios do Jornal Classificados – Rua Fernando Costa, 515 – Centro;
  • AJSS Papelaria - Rua Juliana Von Zuben Degelo, 50 SL5 em frente ao CML da Capela;
  • Bspace - Rua Eduardo Ferragut,145, Jardim Itália;
  • Elo Ambiental - Rua 24 de Outubro, 390 – Sala 16 – Centro.
A Plenária de Lançamento da Campanha definiu que a Coordenação da Campanha pela Aprovação do Ficha Limpa Municipal, em Vinhedo, será composta por uma representação de todas as entidades que apóiam o Projeto.
As reuniões da Coordenação são abertas para a participação da população. A adesão de mais entidades, partidos e igrejas pode ser feita a qualquer momento no decorrer da campanha.
A primeira reunião da Coordenação vai acontecer na próxima quarta-feira, dia 06 de julho, na sede da OAB. Entre os pontos de pauta estão previstos:
  1. Comunicação da Campanha (logotipo, jornal, redes sociais e site);
  2. Organização da mobilização para coleta de assinaturas.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Reforma do ensino médio ataca direitos dos educadores brasileiros.



Os educadores brasileiros que lecionam no ensino médio, contarão com uma nova publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais, aprovada pela Câmara de Educação Básica do MEC.
Ao avaliar o conjunto das diretrizes, observamos que grande parte das mudanças aguardadas no âmbito da melhoria da educação, na prática, observa-se um notável  retrocesso, além da insuficiente falta de investimentos, dado que para nós, deve-se elevar os investimentos   ao patamar der 10% do PIB brasileiro como condição básica para alavancar o desenvolvimento do nosso país, posicionando-o no ranking  dos países que de fato priorizam a educação como fator determinante do desenvolvimento.
A Câmara de Educação Básica aprovou por unanimidade o parecer 05/2011 em 04 de maio de 2011, que embasará mais um projeto governamental recheado de ataques aos parcos direitos dos educadores brasileiros.
        Esse documento deve ser lido e estudado minuciosamente pelos representantes de classe e educadores em geral, dado seu conteúdo específico, bem como as mudanças implícitas que nortearão as políticas no ensino médio nos próximos anos.
O projeto de resolução que será homologado contém no geral, as bases do parecer da Câmara de Educação Básica. Ao manter o inteiro teor do projeto, aprofundar-se-ia ainda mais as dificuldades já existentes na parte curricular e formas de organização, dentre outros pontos.
No referido projeto, prediz o artigo 7º: “A organização curricular do Ensino Médio tem uma base nacional comum e uma parte diversificada que não devem constituir blocos distintos, mas um todo integrado, de modo a garantir tanto conhecimentos e saberes comuns necessários a todos os estudantes, quanto uma formação que considere a diversidade e as características locais e especificidades regionais”. Assim, o governo pretende avançar em avaliação nacional como é o caso do ENEM, contudo, flexibiliza-se, a parte pedagógica tendo por base “... as características locais e especificidades regionais”.
De acordo com o projeto, o currículo deve ser organizado em quatro áreas do conhecimento: Linguagem, Matemática, Ciências da natureza e Ciências humanas.
Segundo o § 2° do artigo 8°, “A organização por áreas de conhecimento não dilui nem exclui componentes curriculares com especificidades e saberes próprios construídos e sistematizados, mas implica no fortalecimento das relações entre eles e a sua contextualização para apreensão e intervenção na realidade, requerendo planejamento e execução conjugados e cooperativos dos seus professores”.
Especificando melhor, o projeto assegura que os componentes curriculares estão previstos na LDB da seguinte forma:
I) – Linguagens: Língua Portuguesa; Língua Materna, para populações indígenas; Língua Estrangeira moderna; Arte, em suas diferentes linguagens: cênicas, plásticas e, obrigatoriamente, a musical; e Educação Física.
II – Matemática.
III – Ciências da Natureza: Biologia; Física; e Química.
IV – Ciências Humanas: História; Geografia; Filosofia; e Sociologia”.

Em linhas gerais o projeto do governo atual não difere dos módulos anteriores e, de certa forma, reproduz a linha tucana da organização curricular.
Com essa conformação, na prática cotidiana, poderá de fato ocorrer à diluição de disciplinas e o afunilamento dos conteúdos específicos por área de conhecimento avançando-se assim a política de enxugamento da máquina, dificultando, ainda mais, o acesso, bem como levando ao desemprego grande parcela de professores do ensino médio.
No tocante a forma de oferta do ensino médio, particularmente referente ao período noturno, avançam no enxugamento da máquina, introduzindo o ensino a distância, inicialmente em torno de 20% e, certamente com o tempo, elevarão este percentual a patamares superiores a fim de evitar gastos, promover o desemprego e avançar na privatização da educação, como, aliás, tem sido a tônica de vários governantes  em nosso país.
Prediz o artigo 14: “O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, concebida como conjunto orgânico, sequencial e articulado, devem assegurar sua função formativa para todos os estudantes, sejam adolescentes, jovens ou adultos, atendendo, mediante diferentes formas de oferta e organização:
...
III – o Ensino Médio regular diurno, quando adequado aos seus estudantes, pode organizar em regime de tempo integral com, no mínimo, 7 (sete) horas diárias”.

IV – no Ensino Médio regular noturno, adequado às condições de trabalhadores, respeitado os mínimos de duração e de carga horária, o projeto político-pedagógico deve atender, com qualidade, a sua singularidade, especificando uma organização curricular e metodológica:
a) ampliar a duração do curso para mais de 3 (três) anos, com menor carga horária diária e anual, garantido o mínimo total de 2.400 (duas mil e quatrocentas) horas;
b) incluir atividades não presenciais até 20% (vinte por cento)da carga horária diária e de cada tempo de organização escolar, desde que haja suporte tecnológico e seja garantido o atendimento por professores e monitores;

V – na modalidade de Educação de Jovens e Adultosobservadas suas Diretrizes específicas, com duração mínima de 1.200 (mil e duzentas) horas, devem ser especificadas uma organização curricular e metodológica diferenciada para os estudantes trabalhadores, que pode:
...
b) incluir atividades não presenciais, até 20% (vinte por cento) da carga horária diária e de cada tempo escolar, desde que haja suporte tecnológico e seja garantido o atendimento por professores e monitores...”.

As diretrizes apresentam uma série de análises, de caráter sociológico e conceitual, em referência ao trabalho e ao mesmo tempo dá continuidade as políticas aprovadas pelos governos anteriores, escamoteando o debate com a sociedade organizada através de suas entidades de classe, ao mesmo tempo em que,  os planos educacionais apresentados, pouco diferem das políticas aprovadas já no período de Fernando Henrique Cardoso.
Algumas propostas representam a luta e a força do movimento organizado como podemos observar com a publicação da Lei nº 11.645/2008 que alterou a redação do art. 26-A, para incluir no currículo a obrigatoriedade da temática “Historia e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” (anteriormente, a redação deste artigo era dada pela Lei nº10. 639/2003, a qual não incluía o grupo indígena).
Outro grande movimento nacional ocorreu em relação à Lei nº 11.684/2008 que incluiu Filosofia e Sociologia como obrigatórias em todos os anos do Ensino Médio. (Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO; CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO)
Outros pontos devem ser avaliados e questionados, nesse momento, porém, destaquei como objeto de reflexão os itens acima mencionados.
Entendo que ainda é possível que haja alterações nos itens focados pelas entidades de classe, assim como, inúmeros outros pontos do projeto em tela. No geral, a política de mérito do governo do estado encontra respaldo nas políticas nacionais, e   com essa novas propostas aumentam a responsabilidade dos setores organizados da sociedade em busca de um projeto educacional brasileiro, que de fato, acabe com o analfabetismo, avance nos investimento à educação, para que, de forma estratégica, coloquemos  o país  em condições de igualdade  com os outros países. O desenvolvimento e soberania de um país estão diretamente relacionados com a efetiva valorização  do magistério, investimento de fato na educação e outras áreas  determinantes como: saúde, reforma agrária e urbana, meio ambiente e erradicação da fome de fato, com  medidas concreta e não com eternas políticas compensatórias, além da necessidade de instituirmos uma  educação  de conteúdo transformador em busca de uma sociedade  justa, igualitária  e socialista.

Educar e transformar é preciso!!!

Aldo Santos; Professor de Filosofia da Rede Pública Estadual, Coordenador da Corrente Política TLS, Presidente da Aproffesp, membro do Coletivo Nacional de Filosofia, membro da Executiva Nacional do Psol.

Ficha Limpa em Vinhedo


sábado, 18 de junho de 2011

Ivan Valente: “Plano Nacional de Educação deve ser um plano de Estado, não de um governo”


O deputado Ivan Valente afirmou que o governo federal não pode pensar o Plano Nacional de Educação como um plano de um governo, já que é estratégico e para permanecer por mais de quatro anos. “Este é um plano de estado, de nação, não de um governo. Não são simplesmente metas, mas sim políticas correntes para a educação”.
A declaração foi feita na audiência pública da Comissão Especial do PNE (Projeto de Lei 8035/2010), com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad, realizada na tarde de quarta-feira 15, na Câmara dos Deputados.
Para o deputado um dos erros do governo para o PNE foi traçar metas sem ter um diagnóstico da educação brasileira, sem estabelecer prazo, nem financiamento. Ivan Valente defendeu a universalização da educação e expansão do ensino superior e criticou a privatização do setor em todos os níveis. “Recursos públicos devem ser dirigidos para a educação pública”, afirmou.
O ministro Fernando Haddad disse que a meta de ampliação do investimento público em educação de 5% para 7% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020 é “lógica”. O valor, segundo o ministro, levou em consideração as promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff e os recursos necessários para que as metas previstas no projeto sejam atendidas – que representaria anualmente R$ 80 bilhões a mais para o setor.
Haddad também argumentou que o aumento de 2% em dez anos corresponde à ampliação do investimento público feito na área nos últimos anos. Segundo ele, foram destinados à educação, em média, 0,2% do PIB a mais por ano nos últimos cinco anos. O ministro disse, porém, que o governo está disposto a negociar novos valores. A proposta que estabelece o PNE prevê 20 metas com temas diversos, além do financiamento do setor, como educação básica e superior, ensino especial, índices de qualidade e remuneração dos professores.
De acordo com Ivan Valente, 0,2% é uma proposta muito tímida, que não corresponde ao passivo educacional. Segundo ele, 7% foi votado há dez anos e é possível e necessário destinar 10% do PIB para o setor. “É possível arrumar R$ 300 bilhões para educação. Pode ser por uma reforma tributária. Ou ainda, só de juros da dívida pública vai se pagar este ano R$ 635 bilhões. Mexe sim com a política econômica do país. Mas não podemos ser conformistas. ”, argumentou. “O Plano Nacional de Educação tem que dar conta dos desafios educacionais da nação brasileira”.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

PSOL protocola pedido de afastamento de vice-prefeito


Demétrio Vilagra é investigado por suspeita de envolvimento em esquema de fraudes em contratos

06/06/2011 - 11:08

O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade ) protocolou na manhã desta segunda-feira (6) na Câmara de Vereadores o pedido de instauração de uma Comissão Processante (CP) para o vice-prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra (PT) , investigado por suposto envolvimento em um esquema de fraudes em contratos públicos. O processo pode resultar no afastamento de Vilagra do cargo de vice. Ele foi preso a pedido do Ministério Público, que investiga o caso.
Em nota, o PSOL informou que também vai se dedicar a acompanhar as atividades da CP instaurada na Câmara para apurar as possíveis fraudes em contratos públicos e que pode resultar no impeachment do prefeito Hélio de Oliveira Santos.
As decisões foram tomadas durante reunião extraordinária da Executiva Estadual do PSOL com a Executiva Municipal de Campinas, realizada na cidade no final de semana, para debater a crise que envolve a prefeitura.
Segundo Paulo Búfalo, presidente do Diretório do PSOL em Campinas, o partido pretende reforçar o processo de mobilização social na cidade, uma vez que a investigação das possíveis fraudes recebeu amplo apoio popular.
Ainda em nota, o PSOL relembrou a morte do prefeito Toninho. Segundo o comunicado, "Campinas já sofreu muito com a corrupção e a impunidade. Vidas foram perdidas para combatê-las, como a de Toninho. Nesses dez anos de sua morte, Campinas não pode se calar diante de mais este escândalo."
O pedido de abertura da CP para o vice-prefeito precisa ser aprovado por 2/3 dos vereadores